História:
Tudo começou em 1918 quando Adele
Casagrande, cuja família era formada por ricos produtores de couro de
Florença, abriu uma pequena loja de artigos de couro e peles na Via Del
Plebiscito no centro de Roma, que fabricava também bolsas de couro macio
com refinamento de formas, texturas e minuciosos acabamentos de fechos e
fivelas, além de sacolas de verão feitas com tiras de lona. Quando ela
se casou com Edoardo Fendi em 1925, eles tomaram a decisão de mudar o
nome da loja para FENDI. Era o período do pós-guerra, onde a classe
média estava tentando se reerguer e voltar a ter hábitos consumistas.
Foi com esse cenário que a loja rapidamente se tornou um sucesso,
vendendo malas de couro e outros artigos para uma clientela cativa. O
negócio prosperou e uma nova loja foi inaugurada na Via Piave em 1932,
uma área residencial que estava se tornando um centro comercial da
época. O crescimento da FENDI, já bem conhecida e conceituada em Roma,
com importantes clientes assíduos, começou a romper as fronteiras da
região, tornando-se um símbolo de estilo e bom gosto para as mulheres
italianas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, em
1946, a segunda geração da família começou aos poucos a ingressar nos
negócios. A primeira a trabalhar na empresa foi Paola, filha mais velha e
então com 15 anos na época, que depois assumiria a divisão de peles,
seguida de suas irmãs Anna (divisão de couro), Franca (relacionamento
com clientes), Carla (coordenadora de negócios) e Alda (departamento de
vendas). Com cinco ativas e talentosas jovens mulheres ao leme, a FENDI
começou a galgar seu sucesso no mundo da alta costura. As jovens
implantaram ideias modernas e criaram linhas arrojadas de produtos
(malas, bolsas e casacos de pele). Em 1964, a marca que já era muito
conhecida na Itália, abriu uma de suas muitas lojas nesse período, na
sofisticada Via Borgognona. Em 1965 uma aliança, que mudaria os rumos da
marca, foi selada entre a empresa e o jovem designer alemão Karl
Lagerfeld (hoje também o atual estilista da Maison Chanel), que assumiu
como diretor criativo da grife, apresentando uma nova leitura aos
casacos de pele, fora da alta costura e dentro do prêt-à-porter
(expressão em francês para roupa comprada pronta em lojas) como a
jaqueta jeans com acabamento em pele. Foi ele o responsável pela criação
do logotipo com os duplos F invertidos (chamado de “Zucca” quando é maior e “Zucchino”
quando é menor), que mais tarde foi adicionando à lista de símbolos de
status internacional, e, ajudado pelas irmãs, revolucionou o tratamento
das peles e de outros tecidos.
Outros materiais, como fibras
entrelaçadas e até mesmo peles revestidas em ouro 24 quilates, passaram a
ser aplicados nos acessórios da marca italiana. Bordados, impressões e
cores também fizeram parte de suas coleções ao longo dos anos. O que era
uma peça preciosa, mas rígida e pesada se tornou leve, macia e pra lá
de elegante. A equipe comandada pelo alemão trabalhou para inventar
novas maneiras de se trabalhar com as peles (curtimento, tingimento e
tratamento), além de ter introduzido peles inusitadas, transformando-as
em acessórios de moda. A FENDI conquistou prestígio e a liderança no
setor, utilizando peles tingidas, com mão de obra de alta qualidade e
refinada técnica de corte, trunfos que valeram à marca italiana a
conquista de vários prêmios internacionais.
Atual presidente da marca:
Projetos:
Controvérsia:
Por muito tempo,as peles de animais foram banidas das passarelas,em nome da moda politicamente correta.
Pele e couros sintéticos, no entanto, não se comparam ao luxo das peças
autênticas, que aos poucos estão conquistando novamente seu lugar nos
guarda-roupas de celebridades e, consequentemente, na alta costura. A
FENDI tem lugar de destaque neste cenário, já que Karl Lagerfeld é o
estilista que mais revolucionou a arte de trabalhar com peles. Basta
entrar no site oficial da marca para perceber o uso de couros de cobras e
peles de ursos, entre outros animais, em suas peças. E foi justamente
isso que fez com que a marca italiana se tornasse um dos principais
alvos de ativistas e associações que defendem os direitos dos animais.
Um exemplo do mais recente protesto ocorreu no mês de julho de 2011 na
Coréia do Sul, em que muitos ativistas despedaçaram um animal de mentira
e deixaram escorrer sangue falso do mesmo sobre o nome FENDI. Os
ativistas também pediram apoio em uma campanha de boicote à grife
italiana. O próprio Karl Lagerfeld, em uma entrevista recente colou
ainda mais “lenha” nessa polêmica discussão: Em um mundo onde se come
carne, utilizar o couro para sapatos, roupa e bolsas torna a discussão
sobre as peles infantil.
A ousadia:
No dia 19 de outubro de 2007,a grife realizou,segundo especialistas de moda,o mais grandioso desfile da história utilizando como passarela a Grande Muralha da China. Foram
500 convidados, entre eles celebridades chinesas como a atriz Zhang
Ziyi, 88 metros de passarela e supostos US$ 10 milhões para que 88
modelos desfilassem visuais (muitos na cor símbolo da China, o vermelho)
com motivos circulares numa coleção de inverno que evidenciava símbolos
de prosperidade e felicidade. O megaevento fez parte da estratégia do
grupo de LVMH, de promover o nome da grife italiana de uma forma mais
agressiva, especialmente no próspero e emergente mercado chinês.
Stardoll:
A primeira tribute feita inspirada na Fendi,foi lançada dia 23 de junho de 2014,a coleção foi no entanto surpreendente.Com as mais belas bolsas e acessórios e até mesmo sapatos.De toda a coleção,as bolsas foram as mais lindas.O item que mais recebeu atenção foi as bolsas.
curiosidades sobre a marca:
1-Na década de 70, a marca alcançou um
grande reconhecimento e seus produtos eram vendidos nas melhores lojas
do mundo. A empresa lançou uma nova linha de produtos e acessórios, como
luvas, jeans, gravatas, óculos, relógios, isqueiros e canetas em 1984.
2-No ano seguinte, para comemorar os
60 anos da marca, organizou um suntuoso desfile no Museu de Arte Moderna
de Roma. Somente em 1989, inaugurou sua primeira loja em solo
americano, localizada em plena Quinta Avenida.
3- Em 1968, as malas e bolsas da FENDI
foram descobertas em Roma por Marvim Traub, então presidente da famosa
loja de departamento americana Bloomingdale’s, que as levou para serem
vendidas em Nova York. Não demorou muito para os produtos da marca
despertar a atenção de várias outras lojas americanas que queriam tê-los
para vender á seus consumidores, fazendo com que hoje em dia a FENDI
seja a marca com maior número de representações dentro das tradicionais
lojas de departamento americanas.
4-Atualmente a marca italiana possui 190 lojas próprias (das quais 12 são consideradas Flagship Store)
distribuídas por 35 países e mais de 750 pontos de vendas localizados em
luxuosas lojas de departamento, que comercializam sua vasta gama de
produtos, como peles e artigos em couro, roupas, coleções esportivas,
acessórios, perfumes, relógios e óculos. Aproximadamente 70% de toda sua
produção é exportada para outros países, especialmente Estados Unidos,
Ásia e Europa. A marca faturou em 2011 €600 milhões.
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